Dom Manuel celebra jubileu de ouro de sua ordenação presbiteral
A celebração contou com a presença de diversos bispos e presbíteros, que acompanharam Dom Manuel ao longo da sua caminhada.
Imagens: Daniel Reis, Pascom Diocesana
Na manhã do dia 10 de dezembro, nosso administrador apostólico, Dom Manuel Parrado Carral, presidiu a solene celebração eucarística, na qual agradeceu a Deus pelos 50 anos de sua ordenação presbiteral. A missa foi concelebrada por diversos bispos, dentre os quais o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, e nosso bispo emérito, Dom Fernando Legal, SDB. Muitos padres da nossa Diocese e de outros lugares, inclusive de Santo André, também se fizeram presentes, assim como os familiares de Dom Manuel e um bom número de leigos e leigas. Já no início da celebração, Dom Manuel foi saudado pelo arcebispo de São Paulo, o cardeal Dom Odilo, que destacou a importância de se celebrar os 50 anos da ordenação presbiteral.
A homilia da celebração foi proferida por Dom Benedito Beni dos Santos, bispo emérito da Diocese de Lorena, que iniciou afirmando que dirigir aquelas palavras em um dia tão especial para Dom Manuel era, para ele, um mandato, uma vez que ambos eram amigos e, no passado, Dom Manuel havia sido seu aluno. Partindo da liturgia do dia, Dom Beni desenvolveu dois termos-chave: vocação e sacerdócio de Cristo, destacando, a todo momento, a importância do primado da graça. "É sempre Deus que escolhe e chama", dizia. "Na história da nossa salvação, sempre que o Espírito de Deus é invocado, há um grande silêncio. Também há 50 anos, enquanto o bispo lhe impunha as mãos para lhe fazer participante do sacerdócio de Cristo, na medida em que o Espírito o ungia, também todo barulho cessou".
Dom Manuel agradece a Dom Beni pelas palavras, e ao mesmo tempo recebe os cumprimentos.
Durante o canto de apresentação das oferendas, Dom Manuel recebeu, em procissão, os principais objetos litúrgicos do qual fizera uso há 50 anos: sua estola e casula de ordenação, uma estola roxa, o cálice e a patena. A entronização foi feita por pessoas que marcaram a história de Dom Manuel, dentre as quais mencionamos a sra. Neide, que estava presente em sua ordenação presbiteral e já há mais de 40 anos acompanha Dom Manuel, cuidando dele em sua residência - desde padre até agora, às vésperas de se tornar emérito.
Ao final da celebração, Dom Manuel foi homenageado por Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo diocesano de Mogi das Cruzes e presidente do Regional Sul 1 da CNBB, que foi ordenado bispo com Dom Manuel, em março de 2001, pelo então arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, OFM. Em nome da nossa Diocese, o vigário geral e reitor da Basílica de Nossa Senhora da Penha, Pe. Edilson de Souza Silva, também lhe agradeceu por todo o trabalho já realizado. O texto, na íntegra, você pode conferir clicando aqui. Também foi lida uma pequena mensagem que o Papa Francisco enviou a Dom Manuel, cujo texto você confere aqui.
Como recordação do dia festivo, Dom Manuel ganhou uma imagem de São Miguel Arcanjo.
Após a celebração, houve um almoço de confraternização no salão da Basílica, preparado e organizado pela Paróquia do Divino Espírito Santo, no setor Cidade Líder. O almoço foi reservado aos bispos, padres e convidados de Dom Manuel.
Dom Manuel foi ordenado presbítero para a igreja particular de Santo André, no ABC Paulista, pela imposição das mãos do então bispo diocesano, Dom Jorge Marcos de Oliveira - do qual, inclusive, Dom Manuel conserva a cruz episcopal. A ordenação aconteceu no dia 10 de dezembro de 1972.
Clique aqui para acessar outras imagens deste importante dia para a vida e o ministério de Dom Manuel que, ao final da celebração, fez seus agradecimentos, o qual postamos abaixo:
AGRADECER É FAZER MEMÓRIA
1. Dirijo-me à Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora da Penha, nesta basílica a ela dedicada, suplicando seu auxílio para louvar e agradecer a Deus o imensurável dom da vida, da graça do Santo Batismo, da vocação sacerdotal e da santa perseverança. Tudo é graça! Pertence a Deus toda honra, todo louvor e toda glória.
2. Agradeço aos meus pais, que já retornaram para a Casa do Pai, a formação cristã que alicerçou minha vida de fé. Agradeço a presença amiga de meus familiares que sempre me apoiaram. Deus os abençoe hoje e sempre.
3. Neste momento, com eterna gratidão, me transpoto à Diocese de Santo André, à comunidade paroquial de Nossa Senhora das Graças, em São Caetano do Sul, onde fiz minha iniciação à vida cristã. A paternal acolhida de Dom Jorge Marcos de Oliveira que me ordenou há exatamente 50 anos, na igreja do Bonfim, em Santo André. A fraternal acolhida dos irmãos no presbítero, toda minha gratidão. Como sacerdote, tive a graça de colaborar com três bispos, já falecidos: Dom Jorge Marcos de Oliveira, Dom Cláudio Hummes e Dom Décio Pereira, homens comprometidos com a Igreja Povo de Deus. A eles meu preito de gratidão e minhas orações.
4. O povo de Deus, no qual foi enviado a anunciar Jesus Cristo, ocupa um lugar especial em minha vida: nas Paróquias Santa Cruz em Santo André, Imaculada Conceição e Nossa Senhora dos Navegantes em Diadema, São Bento, em São Caetano do Sul e Catedral Nossa Senhora do Carmo. Lembro com saudades da experiência missionária na década de 1980, no projeto missionário igrejas-irmãs Santo André / Santarém. Na pessoa de Dom Gilberto Pastana e Pe. José Ferreira, trago à lembrança e acredeço a todos e todas com os quais convivi naqueles anos. Falar do projeto Igrejas-Irmãs Santo André / Santarém nos recorda seu idealizador de saudosa memória: Dom Cláudio Hummes, verdadeiro missionário, apaixonado por Jesus Cristo.
5. Retornando ao projeto missionário, foi-me confiada a missão de retiro do seminário maior da Diocese de São André, serviço que exerci com muito amor e alegria por 10 anos. Trago na memória e no coração os formandos que me foram confiados. Aprendi muito com eles. A todos eles minha gratidão e orações.
6. A minha alma glorifica o Senhor, que olhou para a humildade de seu servo e na pessoa do Papa São João Paulo II fui chamado a ser Bispo da Santa Igreja, como auxiliar da Arquidiocese de São Paulo.
7. Servi à Igreja de São Paulo por sete anos como vigário episcopal da região Sé. Louvo e agradeço a Deus por estes anos de aprendizagem, de convivência fraterna com o conselho episcopal, o presbitério. Gratidão e saudades à Igreja Povo de Deus da Arquidiocese de São Paulo. Agradeço de coração todo o apoio e colaboração dos funcionários da Região Episcopal Sé.
8. Março de 2008, em sua infinita misericórdia, Deus me confiou a querida Diocese de São Miguel Paulista: padres, diáconos, seminaristas, religiosos, religiosas, lideranças, fiéis, amado povo de Deus. Dia a dia fomos, aos poucos, nos conhecendo, nos aceitando com nossos defeitos e qualidades e nos amando como Povo de Deus. Fui e sou muito feliz e grato a Deus por ter sido o segundo bispo diocesano de São Miguel Paulista. Quero de maneira especial deixar registrado aqui meus agradecimentos e gratidão a meus primeiros colaboradores, o presbitério da nossa Diocese. Agradeço, também, aos funcionários da Cúria Diocesana.
9. Uma palavra de gratidão e afeto aos queridos irmãos Bispos que aqui vieram, para compartilharem de minha alegria e ação de graças. Agradeço em especial Dom Fernando Legal, primeiro bispo desta Diocese.
10. Meu jubileu de ouro de ordenação sacerdotal coincide com minha emeritude. Agradeço de coração ao Papa Francisco a bênção que me enviou e a nomeação de nosso já querido terceiro bispo diocesano, Dom Algacir Munhak. Permaneçamos unidos na oração e na obediência ao Papa e ao Bispo.
11. Aos que estão presentes nesta Basílica meus agradecimentos. Em um momento ou outro de minha vida, vocês estiveram presentes e continuam presentes em meu coração, em minhas lembranças e orações. A todo o Povo de Deus de nossas comunidades, minha gratidão. Deus os abençoe hoje e sempre. "Os últimos serão os primeiros": é com muita gratidão que me dirijo a todos e todas que nas diferentes fases da minha vida cuidaram de mim e continuam cuidando, em minha nova residência. A todos e todas meu reconhecimento e minhas orações. Peço a todos que rezem por mim para que nesta nova fase de minha vida, embora de forma diferente, eu continue fiel ao meu lema episcopal: Anunciamos Jesus Cristo (2Cor 4,5).
Dom Manuel Parrado Carral