CARTA PASTORAL
POR OCASIÃO DO JUBILEU ORDINÁRIO DE 2025, PROCLAMADO POR SUA SANTIDADE, O PAPA FRANCISCO
DOM ALGACIR MUNHAK, CS,
por mercê de Deus e da Sé Apostólica,
bispo diocesano de São Miguel Paulista/SP.
Aos presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas e povo das nossas comunidades.
Introdução
No dia 9 de maio de 2024, quando a Igreja celebrou a Solenidade da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Papa Francisco, com a bula Spes non confundit, proclamou o Jubileu Ordinário do Ano de 2025. O título do documento é da expressão do Apóstolo Paulo, na Carta aos Romanos, capítulo 5, versículo 5, no qual se lê que “a Esperança não decepciona”. Francisco escreve que Paulo é realista, porque “sabe que a vida é feita de alegrias e sofrimentos, que o amor é posto à prova quando aumentam as dificuldades e a esperança parece desmoronar diante dos sofrimentos” (Bula, 4). Nestas situações, porém, é que “se vislumbra uma luz: descobre-se que a evangelização é sustentada pela força que brota da cruz e da ressurreição de Cristo” (Bula, 4), que, por sua vez, faz crescer uma outra virtude: a paciência.
Da relação entre Esperança e paciência, resulta que a vida cristã é um caminho, que precisa também de momentos fortes para nutrir e robustecer a Esperança, insubstituível companheira que permite vislumbrar a meta: o encontro com o Senhor Jesus. Não é, pois, por acaso, que a peregrinação representa um elemento fundamental de todo o evento jubilar. Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida. A peregrinação a pé favorece muito a redescoberta do valor do silêncio, do esforço, da essencialidade. No próximo ano, os Peregrinos de Esperança não deixarão de percorrer caminhos antigos e modernos para viver intensamente a experiência jubilar (Bula, 5).
O Ano Santo de 2025 está em continuidade com os anteriores eventos de Graça, e orientará o caminho rumo a outra data fundamental para todos os cristãos: em 2033, celebrar-se-ão os dois mil anos da Redenção, realizada por meio da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus. Por esta razão, não há dúvidas que o Ano Jubilar poderá ser, para toda a Igreja, uma intensa experiência de Graça e de Esperança.
1. O Jubileu em nossa Diocese de São Miguel Paulista
Conforme o desejo do Papa Francisco, expresso no parágrafo nº 6 da Bula Spes non confundit, em nossa Diocese de São Miguel Paulista a abertura do Jubileu Ordinário de 2025 ocorrerá no domingo, dia 29 de dezembro de 2024, às 15h, em Solene Celebração Eucarística, presidida por mim, para a qual convoco o clero, religiosos e religiosas, seminaristas, agentes de pastoral das nossas paróquias e comunidades e todo o povo.
Em vista da realização da peregrinação a pé, em diálogo com a Comissão de Preparação para o Jubileu, ESTABELEÇO COMO IGREJAS JUBILARES:
- REGIÃO EPISCOPAL GUAIANAZES
Paróquia de São Benedito
- REGIÃO EPISCOPAL ITAIM PAULISTA
Paróquia de São João Batista
- REGIÃO EPISCOPAL ITAQUERA
Santuário de Nossa Senhora da Paz
- REGIÃO EPISCOPAL PENHA
Basílica de Nossa Senhora da Penha
- REGIÃO EPISCOPAL SÃO MIGUEL
Catedral de São Miguel Arcanjo
Neste Jubileu, o Papa Francisco destaca a necessidade de fazer uma peregrinação a pé, que não se configura, necessariamente, como uma procissão: é um caminhar que, acima de tudo, sinaliza que somos um povo de Deus peregrino, que marcha para Deus com Esperança. Por isso, visando a participação e a motivação de toda a Diocese, e aproveitando-nos das celebrações diocesanas já existentes, fica estabelecido o CALENDÁRIO DIOCESANO, QUE VOCÊ PODE BAIXAR AQUI. Estas celebrações, de maneira particular, serão organizadas pelos respectivos grupos, com seus Padres Assessores. Ocorrerão nas Igrejas Jubilares e deverão seguir a seguinte dinâmica:
I. Concentração no ponto de encontro, já definido para cada Igreja Jubilar, a saber:
- Região Episcopal Guaianazes: Comunidade de Santa Cruz
- Região Episcopal Itaim Paulista: Estação da CPTM Itaim Paulista
- Região Episcopal Itaquera: Praça José Patrocínio Freire (próx. à Escola Hiroshima)
- Região Episcopal Penha: Igreja de N. Sra. do Rosário dos Homens Pretos
- Região Episcopal São Miguel: Capela Histórica de São Miguel (Praça)
II. Peregrinação a pé do ponto de encontro até a Igreja Jubilar;
III. Na chegada e acolhida na Igreja, promova-se um significativo período de Adoração ao Santíssimo Sacramento;
IV. Encerre-se a peregrinação com a Celebração Eucarística e o gesto concreto de Caridade, nos envelopes específicos.
Como parte dos Exercícios Espirituais próprios do Jubileu Ordinário, em envelope específico, todos poderão oferecer uma contribuição. O valor total arrecadado será destinado a Obras de Caridade na Diocese de São Miguel Paulista.
2. Sobre a Indulgência durante o Ano Jubilar
Durante o Jubileu Ordinário de 2025, conforme documento publicado pela Penitenciaria Apostólica, no dia 13 de maio de 2024, os fiéis, arrependidos de seus pecados e movidos por um espírito de Caridade, purificados pelo Sacramento da Penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezem segundo as intenções do Sumo Pontífice, para obter do tesouro da Igreja a Indulgência, a remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio.
A norma universal, portanto, permanece válida em nossa Diocese, conforme as Orientações da Igreja, nas seguintes circunstâncias para a ocasião:
A. NAS SAGRADAS PEREGRINAÇÕES:
A qualquer lugar sagrado do jubileu, participando da Celebração Eucarística; na Via-Sacra; no Rosário Mariano; numa celebração penitencial que termine com as confissões individuais dos penitentes;
Em igrejas fora da Diocese: à Igreja Catedral ou a outras Igrejas e lugares santos designados pelo Ordinário do lugar.
B. NAS PIEDOSAS VISITAS AOS LUGARES SAGRADOS:
- Se, individualmente ou em grupo, visitarem qualquer lugar Jubilar e aí dedicarem um significativo período à adoração Eucarística e à meditação, concluindo com o Pai-Nosso, a Profissão de Fé e invocações a Maria, Mãe de Deus;
- Receberão Indulgência Jubilar os que acompanharem as celebrações e palavras do Papa ou do Bispo diocesano pelos meios de comunicação e rezarem o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e outras orações, oferecendo os sofrimentos ou as dificuldades da vida;
C. NAS OBRAS DE MISERICÓRDIA E DE PENITÊNCIA:
- Exercícios Espirituais ou encontros de formação sobre os textos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica;
- Os fiéis que se aproximarem legitimamente da Comunhão uma segunda vez no mesmo dia, poderão obter duas vezes no mesmo dia a Indulgência Plenária, aplicável apenas aos defuntos. Por aqui, cumpre-se o exercício de Caridade sobrenatural;
- Pela prática das obras de misericórdia: dar de comer e de beber a quem necessita, visitar os presos, enterrar os mortos, aconselhar os indecisos, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas difíceis, rezar a Deus pelos vivos e defuntos. Do mesmo modo, poderá se obter a indulgência se se dedicar um período significativo de tempo aos que se encontrarem em dificuldade, como se fizesse uma peregrinação a Cristo presente neles;
- Redescobrindo o valor penitencial das sextas-feiras, abstendo-se de distrações fúteis, inclusive virtuais, e de consumos supérfluos; apoiando obras de caráter religioso ou social, sobretudo a favor da vida; dedicando parte do tempo livre a atividades de voluntariado;
- Exorto aos nossos sacerdotes, mesmo em vias de preparação às Celebrações Jubilares sobretudo, que ofereçam generosa disponibilidade e dedicação à possibilidade dos fiéis usufruírem dos meios de salvação, adotando horários para as confissões e programando celebrações penitenciais de forma fixa e frequente.
Conclusão: vivamos o Ano Jubilar com alegria, na Esperança!
Ao final da bula Spes non confundit, o Papa Francisco deixa expresso o seu desejo de que o Ano Jubilar “nos ajude também a encontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação” (Bula, 25).
É, também, irmãos e irmãs de nossa Diocese de São Miguel Paulista, o meu profundo desejo: que 2025 acenda ainda mais em nós a chama da Fé, que já é tão viva, mas que deverá brilhar ainda mais com a Graça do Ano Jubilar.
Exorto a todos, sem distinção, para que vivam com verdadeira piedade e devoção o Ano Jubilar. Convido-os a participarem das Celebrações de seus respectivos grupos e pastorais, testemunhando a própria Fé, na alegria de ser discípulos e discípulas de Jesus Cristo.
Recomendo vivamente que as crianças e os jovens sejam instruídos sobre o sentido do Ano Jubilar de 2025 e os ajudem a ser parte ativa nas celebrações previstas, principalmente os coroinhas, acólitos e catequizandos.
Deus os abençoe neste caminho de Fé, que será o Jubileu de 2025. Nossa Senhora da Penha os acompanhe e São Miguel Arcanjo os proteja.
Assim seja!
Dom Algacir Munhak, cs
Bispo Diocesano de São Miguel Paulista/SP
Obs.: Em caso de dúvidas e/ou mais informações sobre o Jubileu Ordinário de 2025, acesse o site próprio, preparado pelo Dicastério para a Evangelização, CLICANDO AQUI.
Instituto de Teologia conclui atividades do ano de 2024
Na noite do dia 03 de dezembro, às 20h, no pátio do Instituto de Teologia São Miguel, realizou-se a celebração eucarística, presidida pelo diretor do Instituto e da Escola Diaconal, Pe. Cláudio Francisco de Oliveira, em agradecimento ao Senhor pelo ano letivo de 2024. A missa foi concelebrada pelos padres Wetemberg Aires de Oliveira e José Roberto Morelli. Na ocasião, formaram-se 18 alunos, que haviam iniciado o curso em 2022, e também a Escola Diaconal, que está com 26 candidatos, concluiu a caminhada deste ano.
Em sua homilia, o Pe. Cláudio destacou a importância do lema do Instituto, formar para melhor servir, e lembrou sobretudo aos formandos a importância de, a partir de agora, usar todo o arcabouço teológico apreendido em suas comunidades e paróquias. Após a celebração, houve a breve cerimônia de colação de grau, com a entrega simbólica dos certificados e históricos.