Mensagem do Bispo Diocesano na abertura do Ano Santo da Misericórdia
Caríssimos Padres, Diáconos, Religiosos, Religiosas, Seminaristas, Leigos e Leigas engajados nos ministérios, nas pastorais, movimentos, associações e os fiéis das paróquias e comunidades da Diocese de São Miguel Paulista.
“Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai” Com esta afirmação o Papa Francisco inicia a Bula de proclamação do jubileu extraordinário da Misericórdia com início a 08 de dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição e término em 20 de novembro de 2016, solenidade litúrgica de Jesus Cristo Rei.” Como é prescrito na própria Bula, a abertura do Ano da Misericórdia se dá nas Dioceses de todo o mundo hoje, dia 13 de dezembro, terceiro domingo do advento. Em nossa Diocese, para que todos possam participar e vivenciar este momento de graça e alegria a cerimônia de abertura do Ano da Misericórdia acontece em todas as paróquias. Na Catedral de São Miguel Arcanjo, na Basílica Nossa Senhora da Penha, no Santuário Eucarístico Nossa Senhora da Penha, no Santuário Nossa Senhora da Paz e na Paróquia São Benedito será celebrado o rito de abertura da Porta Santa.
Que o clamor pela paz, pela tolerância, pela reconciliação e perdão chegue a todas as pessoas e a todos os ambientes de nossa Diocese: “Que as paróquias e comunidades católicas se tornem ‘ ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença” nos pede o Papa Francisco. Este é o tempo favorável, é o momento da graça e do perdão. O perdão é uma força que nos leva para uma nova vida e nos dá coragem para olhar o futuro com esperança. Que todos nós batizados: bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas, seminaristas, ministros, agentes de pastoral e todo o povo de Deus, sejamos arautos, proclamadores desta grande verdade: Deus quer salvar a todos. Ele não quer que seus filhos se percam. Ninguém está irremediavelmente perdido. Jesus com sua encarnação, paixão, morte e ressurreição redimiu a todos nós. Só é preciso se arrepender, fazer penitência e deixar-se alcançar pela misericórdia divina. Nenhum pecado é maior do que a misericórdia de Deus
O Pai Misericordioso não quer a morte do pecador, mas quer que ele se converta e viva para sempre. Esta é uma verdade de fé proclamada por Jesus em Mateus: “Ide, pois, aprender o que significa: Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores (Mt 9,13). Nós, bispos e padres temos um papel primordial na celebração deste Ano Jubilar da Misericórdia: somos os dispensadores da Misericórdia Divina pelos sacramentos. “Chegou de novo, para a Igreja, o tempo de assumir o anúncio jubiloso do perdão. É o tempo de regresso ao essencial, para cuidar das fraquezas e dificuldades dos nossos irmãos” nos recomenda o Papa Francisco.
“Misericordiosos como o Pai” é o lema do Ano Santo da Misericórdia, retirado do Evangelho de São Lucas, onde Jesus diz: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 3,36). É um projeto, é um programa de vida que desafia a todo batizado, pois, sem misericórdia não há salvação.
Caros diocesanos, assumo como minhas as palavras do Papa Francisco: “É meu desejo sincero que o povo cristão reflita durante o jubileu sobre as obras de misericórdia corporais e espirituais. Será um modo para despertar a nossa consciência, muitas vezes adormecida diante do drama da pobreza e para entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”.
Para a celebração do Ano Jubilar e para alcançar a indulgência plenária são indicadas algumas práticas: 1. A peregrinação, lembrando-nos que somos peregrinos neste mundo rumo à Casa do Pai; 2. Confissão Sacramental; 3. Participação na celebração Eucarística; 4. Rezar nas intenções do Papa e da Igreja.
Confio à Virgem Maria, Mãe da Divina Misericórdia, a celebração deste Ano Jubilar em nossa Diocese. Maria, no seu cântico de louvor no encontro com sua prima Isabel exaltou a misericórdia divina que se estende “de geração em geração”. “Também nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria. Isto nos servirá de conforto e apoio no momento de atravessarmos a Porta Santa para experimentar os frutos da misericórdia divina”, lembra o Papa Francisco.
Dom Manuel Parrado Carral